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quarta-feira, 11 de março de 2015

Os pobres de espírito

                 Não é de pouco tempo que tenho ouvido sermões sobre as bem-aventuranças onde Jesus, segundo alguma versão, diz: “Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5: 3), nos quais os pregadores costumam usar a expressão, “pobres de espírito”, para aqueles que não carregam consigo outros espíritos, mas têm somente o Espírito Santo. Esta forma de interpretar deve-se ao fato de o termo “pobre” estar relacionado à carência, ou que seja não ter algo, com abundância. Portanto, neste caso, ser pobre de espírito, nada mais é do que não ter um número maior de espíritos, mas ter a virtude de ser possuído somente por um, que é o Espírito de Deus.
                   Embora, frequentemente ouve-se tal interpretação, ela é infeliz e descabida, pois, acima de tudo, não se trata do Espírito Santo, mas do próprio espírito do homem; tanto é que, dentro da frase, a palavra espírito inicia-se com letra minúscula, e também não está no plural, mas, sim, pobres de espírito. E, mesmo em se tratando de ser apenas um espírito, isto é, o Espírito Santo, que é o Espírito da verdade, da sabedoria, do entendimento, da consolação e etc., tê-lo seria razão para se considerar riquíssimo de espírito, e não pobre.
                   Alguma tradução bíblica é mais feliz quando, em lugar de pobres, diz: “Bem aventurados os humildes de espírito”. Mesmo que, neste caso, signifique os simples de mente ou os ingênuos, a palavra humildes não está vinculada à situação de pobreza, mas à nobreza de caráter, a não soberba, a não prepotência ou a não arrogância, prerrogativas tais que se enquadram perfeitamente com a natureza de Deus. O humilde de espírito tem consciência de suas limitações, submete-se aos percalços da vida, é paciencioso, tolerante e bondoso. Contrariamente, o pobre de espírito é, sobretudo, a pessoa que, mesmo de intelecto normal, é vazia espiritualmente, e que não acrescenta nada de valor à vida das pessoas. É voltada para as coisas banais e mesquinhas, e ama em demasia as futilidades da vida.

                    A partir desta razoável análise, podemos concluir que a tradução que emprega o termo “pobres de espírito” é controvertida e consequentemente não cabível na Palavra de Deus, e quanto à analogia que se faz a respeito, é inadmissível.                                                   Paulo C Denúbila
           Quando às minhas aspirações, devo me basear nestas três importantes considerações, para o meu próprio bem: A primeira é, se o que tenho em mente é realmente o que quero, para não me decepcionar. A segunda, se o que quero está à altura  da minha condição,para não me apertar. E a terceira seria a projeção para quando, para não adquirir antecipadamente, sem poder sustentar.                                                                                                                                                           Paulo C Denúbila
            Notável atitude cristã é sempre louvar as qualidades das pessoas sem julgar suas falhas; no entanto, em caso de um possível relacionamento mais estreitado ou formal, seja de âmbito afetivo ou no campo profissional, não seria sensato analisar previamente os pontos positivos e negativos de quem quer que seja para não sofrer possível decepção futura? Isto não é caso de se fazer mau juízo; é prudência.
                                                        Paulo c Denúbila         

quinta-feira, 5 de março de 2015

Nossos Pobres Cães de Rua

 de Paulo C Denúbila
De uns tempos para cá tenho ficado feliz em ver, e com admiração, os cães de rua de nossa cidade perambulando pelas ruas, saudáveis como estão. Acredito que isto se deve principalmente às redes sociais, pois, por meio delas, uma conscientização maior se tem notado a respeito da vida dos animais até pouco antes maltratados por muitos e desprezados. Chegou-se a ouvir boatos, na época, de que a Câmara estaria moldando uma lei, ou saiba lá o que seja, para punir pessoas que fossem pegas tratando clandestinamente de animais nas ruas. Alegavam que desta forma os bichos iriam mais e mais popular a cidade. Acho que esqueceram, ou não sabem que o instinto de sobrevivência das espécies, não está tão ligada à falta ou à abundância de alimento, e se assim fosse, algumas das regiões da África, por exemplo, estariam completamente dizimadas de criaturas, por causa da fome. No entanto, em meio à inanição, o amor acaba que sendo mais forte, e continuamente nasce gente, morre gente, e está sempre nascendo.
Por parte das autoridades na administração anterior, antes dessa conscientização popular, na época em que se viam os pobres animais esfomeados, depilados e feridentos por causa dos ataques de fungos, sarnas e etc., mal pairando sobre suas próprias pernas, procurou-se  uma solução, que seria sacrificar os animais encontrados nessa situação (lógico que usando técnicas de morte sem sofrimentos), mas aí vieram as ONGs de proteção aos bichos, e impediram tal procedimento. A questão mais intrigante foi que, quando solicitados para apresentarem uma melhor ideia, adivinhem: Simplesmente viraram as costas para o assunto, como que dizendo: Que se virem desde que não morram os bichos!
Pelo menos, para sorte dos cães, e porque não dizer para nossa alegria, a força da comunicação social e da informação, despretensiosamente, tem causado um ótimo efeito na consciência das pessoas, de que vidas, não somente humanas, merecem o nosso respeito e carinho, em especial os animais tidos como domésticos, pois não sabem sobreviver inteiramente sozinhos, mas dependem de nossa água, nossa comida e cuidados, também, com relação à saúde. Em fim, se certas espécies de animais são domésticas, foi porque o homem as domesticou, e se as domesticou, foi porque viu que é bom. Portanto, por que não tratá-las com desvelo como se fossem (e realmente são) parte integrante de nossas vidas ou de nossa família?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Uma boa ação vence o mau juízo

      Um homem entra em uma determinada farmácia, e fazendo uso de suas atribuições, como fiscal alega que o farmacêutico está indevidamente vendendo amostras grátis, e aplica-lhe uma considerável multa.
     Não apenas por causa do transtorno financeiro que aquilo iria causar, mas principalmente por uma questão de honra, o proprietário rebatia ardorosamente a atitude temerária daquela autoridade.
   Sendo o espaço comercial uma extensão de sua própria residência, a notícia espalhou-se  casa a dentro, deixando todos em polvorosa, e por se tratar de um lar cristão, sua sogra imediatamente se pôs a interceder por ele, em oração. 
    Ao mesmo tempo lá fora, enquanto o digníssimo, de maneira intransigente, insistia em promulgar a pena sob os protestos de sua vítima, que tentava convencê-lo de que tudo não passava de um equívoco, repentinamente sofre uma convulsão e cai estrebuchando-se todo, sendo, de imediato, socorrido pelo dono da farmácia.
    Após algum tempo, ao se recobrar do acesso,  viu-se no quarto, em uma cama, circundado dos devidos cuidados que os da casa lhe dispensavam. Ao recuperar inteiramente os sentidos levantou-se, e com aquele jeito sem graça acompanha o proprietário que, cortesmente, o convida para concluir o fato.
    Quando já, com a caneta em mãos, por fim, disposto a assinar o tal documento, surpreende-se quando o convalescente fiscal, numa atitude não menos nobre, toma a folha e a rasga, endereçando-a à lixeira. Por fim, todo desajeitado, desculpa-se, e se vai.
   
 Este episódio, contado por minha tia Cleia, refere-se ao meu avô paterno, Antenor Ferreira Júlio de Medeiros, profissional formado em Bioquímica e Farmácia pela Faculdade de Ouro Preto, e falecido no ano de 1968.                                                                                                                                                                              Paulo C Denúbila   26/ 02/ 2015

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Tributo aos golfinhos

Oh! Pequena terra, onde se sangra os filhos dos mares!
Se o oceano pudesse recuar, jamais banharia a tua costa,
jamais entregaria suas ingênuas criaturas à crueldade dos teus infantes; jamais deixaria tingir suas águas de escarlata aos olhares das gentes,as quais, ao som crepitante de nadadeiras se debatendo
e de gemidos agonizantes, aplaudem seus cruéis heróis
enquanto golpeiam a esmo as dóceis vidas,
até que a lenta morte faça encerrar o terrível espetáculo!
Oh! Desventurado mar do norte!
Se tu pudesses, desafiarias os jovens da pequena terra,
para a prática de seu ritual junto às orcas ou junto aos temidos tubarões brancos; ou, antes, os convidaria para se conscientizarem de que não é o horror de carnes dilaceradas
que os levarão a se auto-afirmarem que já são homens!

Paulo C Denúbila    24/ 02/ 2015

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O tempo é fácil perder, difícil aproveitar, e impossível recuperar. As distrações e entretenimentos constantes nos roubam o que poderíamos ganhar, adquirindo ou dinheiro ou preciosos conhecimentos.  Paulo C Denúbila